domingo, 30 de novembro de 2008

FIZ-ME À ESTRADA...

domingo, 30 de novembro de 2008

Fiz-me à estrada num dia de chuva

água caía do céu e retumbava no vidro,
eu olhava para frente,
na procura do caminho, do sentido...

O sentido que me levasse de volta a ti
de volta a teus braços, teus beijos,
um caminho que me permitisse
abafar por fim estes desejos

Desejos quase animais
quase irracionais
que não sei controlar
que não quero controlar

Porque são estes que me fazem ver
o amor que te tenho, como daqui ao céu
a importância que tens para mim,
que és minha como eu sou teu

E assim sei que não sou,
mas sim nós somos,
eu e tu, por nos amarmos
somos unos...

Se voltasse atrás, fazia tudo
o que fiz quando te conheci,
actos que me levaram ao teu coração
e que assim me fazem feliz desde o dia que te vi...

E até ao fim dos tempos...


Fábio Queirós

sábado, 29 de novembro de 2008

O NOME

sábado, 29 de novembro de 2008

Como uma vela ao vento,

Que luta para se manter acesa,
Também tu no teu tormento,
Lutas contra a incerteza,
De pertencer a este mundo,
Que te fere todos os dias,
De acreditar por um segundo,
Que era isto que merecias.

Porque tu podes voar,
Alto!
Sem ninguém te poder agarrar,
Feliz!
Sem ninguém para te magoar,
Segura!

Como uma rosa que brilha ao luar,
Sem que a escuridão lhe ofusque a beleza,
Não consegues deixar de brilhar.
Envolvida na tua tristeza.

E as lágrimas que seguras,
Nesse teu rosto de anjo,
São de emoções tão puras,
Que as palavras que esbanjo,
Para descrever a alegria,
Desses olhos esmeraldas,
Não fazes jus à magia,
Dos tais olhos encantados.

Quero que a noite entenda,
Que há beleza maior que a sua,
Quero que ela se arrependa,
De ter tentado superar a tua,
E que os diamantes lamentem,
Neste momento preciso,
Toda a inveja que sentem,
Do brilho do teu sorriso,

E se um dia um anjo chegar,
E me perguntar com voz triste,
Com os olhos a lacrimejar,
"Quem é o ser mais belo que existe"?
Só há um nome a pronunciar...


Alexandre Soares


quinta-feira, 27 de novembro de 2008

PARTIR É MORRER UM POUCO

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Uma lágrima teimosa
Cai de mansinho
Do teu olhar cristalino
Transbordando amizade

Aquele fugitivo horizonte
deixando algo de mim
Numa partida longa
De saudades sem fim

Um beijo, sofrimento louco
Dos que ficam esperando
Partir é morrer um pouco
Ficar é partir ficando


João de Matos

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

NADA FAZ SENTIDO

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Quando não estás comigo,

Só o nada faz sentido.

O vazio enche-se de solidão,
E nele o amor fica perdido...

E a ele entrego-me convicto
de que só o nada faz sentido.


Didier Ferreira