quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

DOU POR MIM SENTADO

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Dou por mim sentado,

De lágrima na mão,
Balançando ao sabor da tempestade
Reflecte a paisagem distorcida
Que razão acolhe e não compreende
Que eu sou a questão que se prende no ar...
Mas nunca se questiona com medo de se encontrar.

Pois sou o oposto contraditório
Da minha sina incurável
- escrever a incompreensão
Do que se torna diferente.
Daquilo que sente somente,
Dentro de um sentimento vazio,
A melancolia do desconhecido.

Destino traçado
Escrito no passado.
Futuro presente
Pelos que demais ainda sentem a saudade.
Luz repleta do sonho sombrio,
A escura pétala no olho do poeta.


Pedro Esteves

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